sábado, 1 de junho de 2013

Caminhos...



Se eu pudesse colocar em palavras
Explicaria porque quero te deixar
Mas se eu não consigo colocar em palavras
Talvez seja por que não quero que me deixe
E se eu conseguisse perguntar
Te questionaria sobre esses caminhos que o tomam do meu
E se eu pudesse te trazer
Não permitiria que o teu caminho se perdesse do meu
Mas se eu fosse observar
lembraria de como me perdi do teu
E se esse mapa rasgar
talvez não te ache
e não consiga te pedir pra voltar


e juntar o teu caminho no meu.
 


segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Fita Métrica




É difícil mensurar o quanto gostamos de alguém. É necessária uma grande intensidade de sentimentos. Então ela te magoa. E quanto mais dor... Mais intensa é a confirmação do seu gostar. Pior de tudo, é que descobrir isso, talvez apenas signifique que ela não se importa nem um pouco com a sua descoberta. Há várias formas de mensurar um sentimento... A dor é a menos aconselhável, no entanto a mais fidedigna.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Mentiras.

"Algumas mentiras são como uma carta que sustenta diversas outras, formando um lindo castelo frágil que você protege contra os ventos fortes de uma pergunta bem feita, e outras vezes, contra o descuido de acrescentar uma carta em um local errado. Eventualmente tudo vai desmoronar." Sara Lamont. Memento Mori

Simples assim.



Tudo muda.
Tudo muda o tempo todo.
Parece óbvio.
Mas não é.
Mudanças não são evidencias.
Elas não são incontestáveis.
Só mudam.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Final



Estamos em plena simulação
Você guiando esse seu carro na contramão
E eu de braços abertos, no equilíbrio desse meio-fio.

Baby, não temos definição...
Somos o estrago da perfeição
Somatória dos erros
O beijo que ficou na garganta.

Estamos afundando.
E essa nossa mentira está me sufocando
Pois toda calçada tem um fim
E os carros se chocam.

Enquanto isso,
Fingimos não nos ver em meio à colisão.

Num bar qualquer



Hoje vi a inocência de adolescentes num copo de vinho.
Bolinhas de bilhar trincando ao som de pernas bambas
Guitarras imaginárias e vozes em uníssono.
Seus pulsos estavam marcados
Iluminados
Seus pensamentos bailavam
E eram todos esfumaçados
Pelo cigarro.
Naquele momento, se nada estragasse seus sonhos
Tudo seria infinito.