quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Mary and Max
"Do not worry about not smiling... my mouth hardly ever smiles, but it does not mean that i'm not smiling inside my brain."
sábado, 21 de agosto de 2010
Mary and Max
Tem sabor vermelho, a mesma cor que você ganha, quando se é pego por essa dose de lembranças. Segundos seguintes são preenchidos por saudade, vontades de não continuar caminhando, mas sim, olhar o passado deixado naquela esquina ao longe.
Mas já está tão longe, quase em outro quarteirão... Tanto que a multidão que o ultrapassa, conseguem passar por elas, mas são só suas e, por tanto, ninguém poderá alcançá-las, por mais que cheguem perto.
Elas são suas, suas lembranças! Ninguém pode tocá-las; Mas não adianta tanto egoísmo quando nem se pode desfrutá-las. Mas lembranças, eu sei que, no fundo, são tão doces que o sabor é quase original. Sua única diferença está na forma que ela surge. Ou seja, às vezes as melhores surgem quando você está caminhando em uma calçada, ultrapassando multidões que buscam saber, o que te faz ter esse sorriso bobo e olhos, igualmente, bobos!
Estou errada?
Img: Smile_by_x_loveyou_x
E não necessariamente nessa ordem.
Gosto de pensar que não preciso me esforçar. Que simplesmente algo de bom vai acontecer, e que dessa vez, eu não precisarei doar minha carne em sacrifício.
Gosto de pensar em nada, mas não gosto quando o nada se transforma em muita coisa. Eu gosto de não gostar, pois gostar costuma dar trabalho.
Gosto de olhar pro passado e saber que ele não pode me olhar de volta.
Não gosto de quem esquece que gosta de mim. Ou quando apenas me esquecem. Odeio mais ainda quando esqueço de lembrá-los disso, ou quando nem ao menos aviso. Odeio me sentir eufórica quando bebo, ou feliz, pois odeio falsa felicidade. Gosto de me lembrar que uma amanhã feliz, pode tornar todo o meu dia feliz. Mas odeio saber que quando a segunda-feira é ruim, eventualmente o resto da semana está fadado a ter o mesmo rumo. Não gosto de explodir. Odeio explodir. Pois mentiras transbordam de mim quando isso acontece. Mas eu me sinto bem quando faço isso. Odeio saber que fico bem com isso. Odeio olhar nos olhos de alguém e sentir calafrios. Odeio quando o calafrio dói no meu peito. E odeio saber que preferiria estar sustentando o olhar ao invés de desviá-lo. Odeio enxergar o que prefiro não enxergar em alguém. Mas gosto de saber que não sou cega, e que em terra de cego, quem tem olho é Rei. Odeio planejar minha vida. Mas odiaria que a vida se planejasse por mim. Odeio música romântica. Elas me tornam romântica também. Gosto de ser romântica, mas ainda não encontrei com quem ser. Odeio beijar quem não amo. Mas não consigo ficar sem beijar. Odeio ser bipolar. Odeio que me tornem bipolar. Odeio ainda ser virgem. Odiaria perder a virgindade com qualquer um. Odeio saber que alguém vai ler isso. E odeio imaginar que ficaria chateada por odiar um mundo de coisas, sem ter alguém para notar isso. Odeio que as pessoas erradas me mudem, elas simplesmente arrancam o que as pessoas certas já mudaram, ou acrescentaram de bom. Odeio dar chance as pessoas erradas. Odeio aprender, pois os burros são mais felizes. Odeio querer mudar o mundo. Odeio saber que eu estou mudando, e que agora posso não odiar o que eu odiei ontem, e nem, muito menos, gostar.
Odeio saber... "Que o ódio é o amor zangado".
IMG:I_Kill_You___1_by_PeggyChow
O Morro dos Ventos Uivantes.
" — Que horror, Heathcliff! — exclamei. — Cabe a Deus castigar os
maus; nós devemos saber perdoá-los.
— Não, Deus não terá essa satisfação; ela será só minha — retrucou ele. — Só queria saber qual a melhor maneira! Deixe-me a sós, que preciso pensar; enquanto Penso, não sofro. . . "
Uma grande história da autora Emily Bronte. Reler esse livro nem sempre é uma boa ideia... Mas lê-lo apenas uma vez, é uma pior ainda.
Img: Wuthering_Heights By inessa_emilia
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Não poderia dizer, ao certo, o que viria ser uma alma, e nem como adquiri-la. Mas uma vez perdida, nota-se claramente a sua falta, e se essa ausência não for da alma, não imagino o que seja. Uma que, de tal forma agonizante, te impede de querer viver. Talvez isso explique o que tantos dizem, de que sem alma, você não entra no céu, e sim na eternidade do inferno. Mas não me parece, por mais claro que alguns poderiam achar; que adquiri-la e perde-la sejam coisas definitivas. E que, também, céu e inferno sejam lugares ganhados depois da morte. Muito pelo contrario, você sente o próprio inferno, antes de deixar o mundo terreno, quando sente que sua alma fora, ou irá, ou estar sendo corrompida. Juro que, se qualquer pessoa conseguisse evitar tal perda, não tentaria corrigi-la há tempo. Pois, veja bem, primeiramente, quais os motivos da sua perda, e quais os motivos do seu ganho – de quando se sentiu mais vivo do que nunca-, e coloque-as junto e compare-as; é evidente, de que boa parte do que é ganhar uma alma, do motivo de se sentir vivo, seja o mesmo de quando se perde uma, do motivo de se sentir morto. Isto é, sua única diferença é que algo entrou, e a mesma coisa saiu, agora está vazio.
Engana-se absurdamente se acha que falo de religião. Não envolvo aqui, nada além da natureza humana, do que somos, desejamos, almejamos com todas as forças do nosso Ser. A vida, e todos os seus bônus. Dói pensar que alguém iluminado, torne-se vitima da sua própria luz. Que nós mesmo nos convertemos em algo indigno. E mais ainda, da nossa fraqueza por querer apenas sobreviver a tudo, e não desejar viver a tudo isso e mais um pouco.
Às vezes é difícil se contentar com o pouco, quando se prova o melhor, por isso, qualquer um, sendo humano, notaria quando sua luz tornou-se trevas, e, que você apenas sobrevive dia após dia, tentando ridiculamente não conseguir chegar ao fim de um dia se quer.
Talvez o assunto tenha se tornando maior que eu, e, sendo assim, tomei caminhos além. Contudo, finalizo dizendo, que quero novamente o que não tinha... quando enfim ganhei, e que, como uma criança, digo que cuidarei direitinho, levando-a para passear e tratando de nunca deixa-la adoecer. Juro, juradinho.
Engana-se absurdamente se acha que falo de religião. Não envolvo aqui, nada além da natureza humana, do que somos, desejamos, almejamos com todas as forças do nosso Ser. A vida, e todos os seus bônus. Dói pensar que alguém iluminado, torne-se vitima da sua própria luz. Que nós mesmo nos convertemos em algo indigno. E mais ainda, da nossa fraqueza por querer apenas sobreviver a tudo, e não desejar viver a tudo isso e mais um pouco.
Às vezes é difícil se contentar com o pouco, quando se prova o melhor, por isso, qualquer um, sendo humano, notaria quando sua luz tornou-se trevas, e, que você apenas sobrevive dia após dia, tentando ridiculamente não conseguir chegar ao fim de um dia se quer.
Talvez o assunto tenha se tornando maior que eu, e, sendo assim, tomei caminhos além. Contudo, finalizo dizendo, que quero novamente o que não tinha... quando enfim ganhei, e que, como uma criança, digo que cuidarei direitinho, levando-a para passear e tratando de nunca deixa-la adoecer. Juro, juradinho.
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Dia “V”
Dia internacional do vazio, aquele dia estranho e solitário, que não tem data determinada, mas todo mundo, sem exceção, o comemora involuntariamente. Nesse dia é preferível que se guarde, sem pensamentos, e se distraia com qualquer coisa que evite lembranças.
Mas o dia internacional do vazio é um feriado criado especialmente para pensar, martirizar-se, arrepende-se e sentir saudades. Porém nada muito especifico, claro. Nem que exija muito esforço. O problema é que, feriados em si, são dias de excesso. E você acha que o dia livre te dar o direito de afundar-se completamente na falta de especificação. Então as conseqüências surgem: explosão de sentimentos avulsos. E, como e perdoado todo e qualquer excesso de emoção, nós pintamos e bordamos.
Realmente não se sabe do que se trata o dia, às vezes parece que é sobre tudo, ou sobre nada. Às vezes você sabe. Na verdade, sempre sabe, só não quer saber que sabe. É mais fácil não saber, como eu já disse, não especificamente. É melhor não entender aquela culpa, a saudade ou o próprio vazio em si. Deixe a mente e o coração entenderem sozinhos e involuntariamente do que todo esse dia se trata. Deixe e cumpra o pedido de consolo imediato, mesmo que qualquer esforço pareça inválido.
Quem é sua personificação Santa ou Diabólica? Digo isso, pois da mesma forma que Natal não existe sem o tal do Noel, o dia internacional do vazio não existe sem sua própria entidade, personificação. Ou achou que esse feriado não teria um personagem principal, um além de você ou qualquer outro teimoso que passar de relance nos seus sentimentos e pensamentos? Sempre tem alguém, mesmo que você não queria associar diretamente o problema com a solução.
O dia internacional do vazio quer tudo o que você não pode ter, pelo menos não no dia. O dia é sorteado por você sem que você tenha consciência da escolha. Ele não espera preparação antecipada, ou seja, é raro ter qualquer açúcar, ou algo alcoólico que alivie o momento.
Esse dia não é, por mais que pareça, o dia de pensar – pensar em algo concreto -, mas sim o dia de afundar-se completamente em algo aleatório e sem respostas – e sim, não procure respostas nesse dia. E lembre-se: O dia internacional do vazio não pode ocorrer mais de uma vez ao mês, pois eventos aleatórios devem ser aleatórios. E isso é serio! Respeite esse dia, mesmo que ele não seja seu.
Mas o dia internacional do vazio é um feriado criado especialmente para pensar, martirizar-se, arrepende-se e sentir saudades. Porém nada muito especifico, claro. Nem que exija muito esforço. O problema é que, feriados em si, são dias de excesso. E você acha que o dia livre te dar o direito de afundar-se completamente na falta de especificação. Então as conseqüências surgem: explosão de sentimentos avulsos. E, como e perdoado todo e qualquer excesso de emoção, nós pintamos e bordamos.
Realmente não se sabe do que se trata o dia, às vezes parece que é sobre tudo, ou sobre nada. Às vezes você sabe. Na verdade, sempre sabe, só não quer saber que sabe. É mais fácil não saber, como eu já disse, não especificamente. É melhor não entender aquela culpa, a saudade ou o próprio vazio em si. Deixe a mente e o coração entenderem sozinhos e involuntariamente do que todo esse dia se trata. Deixe e cumpra o pedido de consolo imediato, mesmo que qualquer esforço pareça inválido.
Quem é sua personificação Santa ou Diabólica? Digo isso, pois da mesma forma que Natal não existe sem o tal do Noel, o dia internacional do vazio não existe sem sua própria entidade, personificação. Ou achou que esse feriado não teria um personagem principal, um além de você ou qualquer outro teimoso que passar de relance nos seus sentimentos e pensamentos? Sempre tem alguém, mesmo que você não queria associar diretamente o problema com a solução.
O dia internacional do vazio quer tudo o que você não pode ter, pelo menos não no dia. O dia é sorteado por você sem que você tenha consciência da escolha. Ele não espera preparação antecipada, ou seja, é raro ter qualquer açúcar, ou algo alcoólico que alivie o momento.
Esse dia não é, por mais que pareça, o dia de pensar – pensar em algo concreto -, mas sim o dia de afundar-se completamente em algo aleatório e sem respostas – e sim, não procure respostas nesse dia. E lembre-se: O dia internacional do vazio não pode ocorrer mais de uma vez ao mês, pois eventos aleatórios devem ser aleatórios. E isso é serio! Respeite esse dia, mesmo que ele não seja seu.
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Existem milhares de motivos para algumas pessoas não fazerem certas coisas, contudo, às vezes, apenas um motivo é mais que o suficiente para que façamos o que o mundo diz para não fazermos.
Essa é a graça de sermos tão humanos em certas coisas.
Mas ser Humano está se tornando algo tão fora de “moda”, ao ponto de esquecermos o que é ser apenas um Humano. E às vezes, o que parece é que esse detalhe é grande demais ou pequeno demais, ao ponto de não enxergarmos o quão valoroso é ser mortal.
E julgamos que todos são mais que isso, mais que o normal e o simples, então queremos ser mais também, e esquecemos que só somos alguém, quando alguém, assim como nós, simples e normal, existe, pois sem sua existência, não somos absolutamente nada.
Isso na teoria parece fácil, e na pratica também, o que não é!
E seriamos muito bobos se achássemos que é fácil demais, já que todos os dias o mundo nos dá milhares de motivos para brigarmos com alguém, ou julgarmos alguém, que não tenha feito nem metade do que achamos que fez.
O que fazer, então?
Alguns dizem que devemos dizer a verdade acima de qualquer coisa. Porém, o que é a verdade quando estamos chateados, frustrados e “ilusionados” com alguém que até alguns dias atrás, ou segundos atrás, nos parecia completamente confiável e digno de chamarmos de amigo.
Existem verdades que devem permanecer oculta e guardada a sete chaves pela nossa consciência não humana, chamada razão.
“A Razão pede tempo, e o tempo pede silêncio.”
E só assim conseguimos raciocinar, imaginar, e nos colocar no lugar de quem julgamos odiar.
No jogo da vida, nós jogamos sozinhos e contra nós mesmos.
E cair, só significa que estamos usando a tática errada.
Mas sempre existirá alguém disposto a nos reerguer.
Seja a pessoa um amigo, ou um desconhecido.
E se isso acontecer, o agradeça com um sorriso, um abraço, um desejo de felicidade. Apenas isso, nada mais além; pois se alguém te ajudou, o fez por querer, por entender que sozinho ele não é nada e ao mesmo tempo Tudo. Pois somos um ciclo imperfeito de perfeição. Um desequilíbrio equilibrado. Somos mortais, dignos de morrer e de nascer. Se não nos orgulharmos disso, não existe nada a que se orgulhar.
Imagem: do blog do Divagaçôes.
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Vida de Samurai
Quando penso no passado, acho que ele correu de mim, ou, ao contrario, eu corri dele. Na verdade, acho que é mais provável que fiquemos correndo um do outro.
Vivendo em direções opostas.
Diferente de muitos, eu vivo constantemente por um futuro cheio, e um passado vazio. Desejo está fora das lembranças alheias, e desejo não construir um passado meu. Filtro experiências e as carrego no bolso, só pra não ter que olhar por cima do ombro. Caminho como um samurai. Não volto, ataco em um único sentido, e tento ser mais rápida que o Destino, o meu único inimigo, que por ser imortal, não me permite descanso. Ao contrario do que parece, principalmente, por eu ter um caminho único, não significa que eu ganhe sempre. O destino às vezes me vence. Me transforma em mais um fato, em mais um inimigo vencido. E me arranca alguma coisa.
Todas as minhas cicatrizes são de batalhes perdidas, e todo o sangue que mapeia meu caminho, fora tirado por ele. Tentada, às vezes desejo olhar os meus feitos, mas tenho medo. Existem muitos tipos de coragem, e a que me falta, é consumida pelo medo de sentir-me sozinha. Então tento não estar, mas não digo que vivo acompanhada, apenas me permito deixar que um outro me siga, por um curto tempo, já que o meu sentido, o meu caminho, não permite que eu tenha uma companhia.
Por poucas vezes, me senti sendo seguida, uma mão pressionando meus ombros, me aquecendo. Por poucas vezes senti-me sendo seguida por mais de algumas curvas. Por poucas vezes, achei que valia a pena, olhar quem estava em meu encalço.
Às vezes acho que é o passado.
Às vezes acho que é o presente, desejando fazer parte do meu futuro.
Às vezes eu sinto seus dedos tocando nos meus.
Às vezes eu desejo aperta-los contra meu peito. Mas... Só às vezes...
Vivendo em direções opostas.
Diferente de muitos, eu vivo constantemente por um futuro cheio, e um passado vazio. Desejo está fora das lembranças alheias, e desejo não construir um passado meu. Filtro experiências e as carrego no bolso, só pra não ter que olhar por cima do ombro. Caminho como um samurai. Não volto, ataco em um único sentido, e tento ser mais rápida que o Destino, o meu único inimigo, que por ser imortal, não me permite descanso. Ao contrario do que parece, principalmente, por eu ter um caminho único, não significa que eu ganhe sempre. O destino às vezes me vence. Me transforma em mais um fato, em mais um inimigo vencido. E me arranca alguma coisa.
Todas as minhas cicatrizes são de batalhes perdidas, e todo o sangue que mapeia meu caminho, fora tirado por ele. Tentada, às vezes desejo olhar os meus feitos, mas tenho medo. Existem muitos tipos de coragem, e a que me falta, é consumida pelo medo de sentir-me sozinha. Então tento não estar, mas não digo que vivo acompanhada, apenas me permito deixar que um outro me siga, por um curto tempo, já que o meu sentido, o meu caminho, não permite que eu tenha uma companhia.
Por poucas vezes, me senti sendo seguida, uma mão pressionando meus ombros, me aquecendo. Por poucas vezes senti-me sendo seguida por mais de algumas curvas. Por poucas vezes, achei que valia a pena, olhar quem estava em meu encalço.
Às vezes acho que é o passado.
Às vezes acho que é o presente, desejando fazer parte do meu futuro.
Às vezes eu sinto seus dedos tocando nos meus.
Às vezes eu desejo aperta-los contra meu peito. Mas... Só às vezes...
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