terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Cannonball - Damien Rice


"Stones taught me to fly
Love taught me to lie
Life taught me to die
So it's not hard to fall
When you float like a cannonball"

IMG: http://www.mankin.org/cannonball.jpg

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

NANA - Shouji


“Sabe, Hachi... Dizem que só nos damos conta da importância das coisas quando a perdemos. Mas eu tenho a impressão de que só percebemos de verdade... Quando a vemos novamente diante de nós” – Shouji


IMG: http://www.batrock.net/anime/?p=499

segunda-feira, 29 de novembro de 2010


"... que o esqueleto por sua vez se desfizesse em pó para não deixar subsistir esse nada que é quase sempre a alma humana" M.Yourcenar, Denário do sonho

Site dessa img: kairoscelula.blogspot.com

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Oasis: Stop Crying Your Heart Out


'Cause all of the stars
Are fading away
Just try not to worry
You'll see them some day
Take what you need
And be on your way

And stop crying your heart out


Imagem: stars by ~iwishfoalife

"As pessoas dizem que você não vive sem amor. Eu acho oxigênio mais importante…"

Dr. House

Oxygen by ~InsanePyr0579

sábado, 13 de novembro de 2010

The Last Samurai

katsumoto: "You believe a man can change his destiny?"
Algren: "I think a man does what he can, until his destiny is revealed."

domingo, 7 de novembro de 2010


"Não se compadeça da morte, Harry. Compadeça-se da vida e, acima de tudo, daqueles que vivem sem amor." Albus Percival Wulfrico Brian Dumbledore . HP 7

Imagem:
potterpedia.org

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

NANA


Sabe, Hachi... eu não fui capaz de te aceitar porque parece que eu era vazia como um copo barato. Mas comparado à solidão de perder tudo,... eu preferia a dor de me despedaçar. O fato de eu ser tão frágil... não é sua culpa.


IMG: nana.osaki.zip.net

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Secrets


"I need another story
Something to get off my chest
My life gets kind of boring
Need something that I can't confess"

IMG: Blood_on_Cloak_by_mohzart

sábado, 25 de setembro de 2010

Hey, Soul Sister!


Hey, alma gêmea! Em que canto do mundo você se enfiou? Estou te esperando com um buquê, de todas as cores, com todas as flores que você gosta.


Embora não esteja postando a letra, aqui está o motivo do título:http://www.youtube.com/watch?v=3JV74i4yvcA X_X não sai da minha cabeça! *irritada*

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Izzie & Denny


Izzie: You have to do this for me, or I'll never be able to forgive you!"
Denny: "For dying?"
Izzie: "No! For making me love you!

Um dos episódios mais emocionantes de Grey’s Anatomy! Além, claro, do episodio que, infelizmente... o Denny morre.


Link: http://www.youtube.com/watch?v=wFyoWWzYERw
IMG:thegreysanatomywiki.com

segunda-feira, 13 de setembro de 2010


"Did you say it? 'I love you. I don't ever want to live without you. You changed my life.' Did you say it? Make a plan. Set a goal. Work toward it, but every now and then, look around; Drink it in 'cause this is it. It might all be gone tomorrow" Meredith Grey, em G.A

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Falling Down - Oasis


"I tried to talk with God to no avail
Called him up in-and-out of nowhere
Said "If you won't save me, please, don't waste my time"

domingo, 5 de setembro de 2010


Somos perfeitos, não somos? Independente da nossa origem, de Deuses, nossos pais ou explosões. Somos perfeitos em nossas diferenças, sejam elas cicatrizes ou a cor da camada que nos protege do sol. Pois qualquer uma delas conta uma história, um passado, que nem sempre é desejável de se recordar, evidentemente, porém, felizes ou tristes, que direito temos de ridicularizar alguém por isso? O que motiva você, que às vezes nem é tão simétrico, dizer coisas ofensivas diretamente, ou em algum canto que a pessoa em questão não escute?


Dizem que a beleza interna é o que conta, mas está na beleza interna o problema, pois, internamente somos podres, malvados, ascos da sociedade. Já que não vejo outra coisa para sermos, quando nossas palavras ofendem uma pessoa a tal ponto de fazermos elas se sentirem culpadas por serem como são. Não é entendível alguém ser considerado feio, por não nascerem no molde que alguém determinou como beleza. Qualquer pessoa tem o direito de fazer o que desejar com o seu corpo! E qualquer coisa que não seja a nossa própria conduta, não nos pertence, não é da nossa conta, principalmente quando fazendo chacota de alguém que nunca vimos na vida, e que tem algum suposto defeito no “molde da beleza”. Me pergunto, entre tantas questões já citadas, se brincar com alguém dessa forma, nos torna mais felizes, mais bonitos, normais? Eu acho que não modifica em nada nossa vida, porém, na vida da pessoa, é o mesmo que mutilar ainda mais a auto-estima dela - digo “ainda mais” pois você, provavelmente, não é o único desocupado que tira brincadeira à custa dela -, não é você o único que faz com que ela se sinta menos feliz, ou pior, você é o Senhor filho de alguém, que tira a felicidade das pessoas, sua vontade de viver. Você é sanguinário, e suga tanto dessas pobres almas ao ponto de fazer com que elas se sintam erradas por serem como são. Você é mais um Ser humano podre no mundo. E eu sinto vergonha de ser da mesma espécie que você.


OFF: Malz por toda irritação, mas algumas pessoas realmente me tiram do serio.

IMG: ordinary_by_peppermintsugar

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Mary and Max


"Do not worry about not smiling... my mouth hardly ever smiles, but it does not mean that i'm not smiling inside my brain."

sábado, 21 de agosto de 2010

Mary and Max


Não gosto de descrever filmes, então deixei isso por conta desse site: http://www.cinepop.com.br/criticas/maryemax_101.htm
Trailer do filme: http://www.youtube.com/watch?v=KPULUwu0Wm8
Chorei bem no final, foi uma lágrima pra cada um dos personagens principais, Mary e Max.

Pois o seu melhor sorriso é aquele que vem do nada, seguido de uma mordida nos lábios. É bobo, cheio de lembranças igualmente bobas, que quando surge, teima em te pegar desprevenido, assim, no meio da multidão sedenta por felicidade, por amor.
Tem sabor vermelho, a mesma cor que você ganha, quando se é pego por essa dose de lembranças. Segundos seguintes são preenchidos por saudade, vontades de não continuar caminhando, mas sim, olhar o passado deixado naquela esquina ao longe.
Mas já está tão longe, quase em outro quarteirão... Tanto que a multidão que o ultrapassa, conseguem passar por elas, mas são só suas e, por tanto, ninguém poderá alcançá-las, por mais que cheguem perto.
Elas são suas, suas lembranças! Ninguém pode tocá-las; Mas não adianta tanto egoísmo quando nem se pode desfrutá-las. Mas lembranças, eu sei que, no fundo, são tão doces que o sabor é quase original. Sua única diferença está na forma que ela surge. Ou seja, às vezes as melhores surgem quando você está caminhando em uma calçada, ultrapassando multidões que buscam saber, o que te faz ter esse sorriso bobo e olhos, igualmente, bobos!

Estou errada?

Img: Smile_by_x_loveyou_x


Gosto de pensar que posso mudar o mundo. Gosto de pensar que ele pode me mudar.
E não necessariamente nessa ordem.
Gosto de pensar que não preciso me esforçar. Que simplesmente algo de bom vai acontecer, e que dessa vez, eu não precisarei doar minha carne em sacrifício.
Gosto de pensar em nada, mas não gosto quando o nada se transforma em muita coisa. Eu gosto de não gostar, pois gostar costuma dar trabalho.
Gosto de olhar pro passado e saber que ele não pode me olhar de volta.
Não gosto de quem esquece que gosta de mim. Ou quando apenas me esquecem. Odeio mais ainda quando esqueço de lembrá-los disso, ou quando nem ao menos aviso. Odeio me sentir eufórica quando bebo, ou feliz, pois odeio falsa felicidade. Gosto de me lembrar que uma amanhã feliz, pode tornar todo o meu dia feliz. Mas odeio saber que quando a segunda-feira é ruim, eventualmente o resto da semana está fadado a ter o mesmo rumo. Não gosto de explodir. Odeio explodir. Pois mentiras transbordam de mim quando isso acontece. Mas eu me sinto bem quando faço isso. Odeio saber que fico bem com isso. Odeio olhar nos olhos de alguém e sentir calafrios. Odeio quando o calafrio dói no meu peito. E odeio saber que preferiria estar sustentando o olhar ao invés de desviá-lo. Odeio enxergar o que prefiro não enxergar em alguém. Mas gosto de saber que não sou cega, e que em terra de cego, quem tem olho é Rei. Odeio planejar minha vida. Mas odiaria que a vida se planejasse por mim. Odeio música romântica. Elas me tornam romântica também. Gosto de ser romântica, mas ainda não encontrei com quem ser. Odeio beijar quem não amo. Mas não consigo ficar sem beijar. Odeio ser bipolar. Odeio que me tornem bipolar. Odeio ainda ser virgem. Odiaria perder a virgindade com qualquer um. Odeio saber que alguém vai ler isso. E odeio imaginar que ficaria chateada por odiar um mundo de coisas, sem ter alguém para notar isso. Odeio que as pessoas erradas me mudem, elas simplesmente arrancam o que as pessoas certas já mudaram, ou acrescentaram de bom. Odeio dar chance as pessoas erradas. Odeio aprender, pois os burros são mais felizes. Odeio querer mudar o mundo. Odeio saber que eu estou mudando, e que agora posso não odiar o que eu odiei ontem, e nem, muito menos, gostar.

Odeio saber... "Que o ódio é o amor zangado".


IMG:I_Kill_You___1_by_PeggyChow

O Morro dos Ventos Uivantes.


" — Que horror, Heathcliff! — exclamei. — Cabe a Deus castigar os
maus; nós devemos saber perdoá-los.
— Não, Deus não terá essa satisfação; ela será só minha — retrucou ele. — Só queria saber qual a melhor maneira! Deixe-me a sós, que preciso pensar; enquanto Penso, não sofro. . . "

Uma grande história da autora Emily Bronte. Reler esse livro nem sempre é uma boa ideia... Mas lê-lo apenas uma vez, é uma pior ainda.

Img: Wuthering_Heights By inessa_emilia

terça-feira, 17 de agosto de 2010


Não poderia dizer, ao certo, o que viria ser uma alma, e nem como adquiri-la. Mas uma vez perdida, nota-se claramente a sua falta, e se essa ausência não for da alma, não imagino o que seja. Uma que, de tal forma agonizante, te impede de querer viver. Talvez isso explique o que tantos dizem, de que sem alma, você não entra no céu, e sim na eternidade do inferno. Mas não me parece, por mais claro que alguns poderiam achar; que adquiri-la e perde-la sejam coisas definitivas. E que, também, céu e inferno sejam lugares ganhados depois da morte. Muito pelo contrario, você sente o próprio inferno, antes de deixar o mundo terreno, quando sente que sua alma fora, ou irá, ou estar sendo corrompida. Juro que, se qualquer pessoa conseguisse evitar tal perda, não tentaria corrigi-la há tempo. Pois, veja bem, primeiramente, quais os motivos da sua perda, e quais os motivos do seu ganho – de quando se sentiu mais vivo do que nunca-, e coloque-as junto e compare-as; é evidente, de que boa parte do que é ganhar uma alma, do motivo de se sentir vivo, seja o mesmo de quando se perde uma, do motivo de se sentir morto. Isto é, sua única diferença é que algo entrou, e a mesma coisa saiu, agora está vazio.

Engana-se absurdamente se acha que falo de religião. Não envolvo aqui, nada além da natureza humana, do que somos, desejamos, almejamos com todas as forças do nosso Ser. A vida, e todos os seus bônus. Dói pensar que alguém iluminado, torne-se vitima da sua própria luz. Que nós mesmo nos convertemos em algo indigno. E mais ainda, da nossa fraqueza por querer apenas sobreviver a tudo, e não desejar viver a tudo isso e mais um pouco.

Às vezes é difícil se contentar com o pouco, quando se prova o melhor, por isso, qualquer um, sendo humano, notaria quando sua luz tornou-se trevas, e, que você apenas sobrevive dia após dia, tentando ridiculamente não conseguir chegar ao fim de um dia se quer.

Talvez o assunto tenha se tornando maior que eu, e, sendo assim, tomei caminhos além. Contudo, finalizo dizendo, que quero novamente o que não tinha... quando enfim ganhei, e que, como uma criança, digo que cuidarei direitinho, levando-a para passear e tratando de nunca deixa-la adoecer. Juro, juradinho.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Dia “V”

Dia internacional do vazio, aquele dia estranho e solitário, que não tem data determinada, mas todo mundo, sem exceção, o comemora involuntariamente. Nesse dia é preferível que se guarde, sem pensamentos, e se distraia com qualquer coisa que evite lembranças.

Mas o dia internacional do vazio é um feriado criado especialmente para pensar, martirizar-se, arrepende-se e sentir saudades. Porém nada muito especifico, claro. Nem que exija muito esforço. O problema é que, feriados em si, são dias de excesso. E você acha que o dia livre te dar o direito de afundar-se completamente na falta de especificação. Então as conseqüências surgem: explosão de sentimentos avulsos. E, como e perdoado todo e qualquer excesso de emoção, nós pintamos e bordamos.

Realmente não se sabe do que se trata o dia, às vezes parece que é sobre tudo, ou sobre nada. Às vezes você sabe. Na verdade, sempre sabe, só não quer saber que sabe. É mais fácil não saber, como eu já disse, não especificamente. É melhor não entender aquela culpa, a saudade ou o próprio vazio em si. Deixe a mente e o coração entenderem sozinhos e involuntariamente do que todo esse dia se trata. Deixe e cumpra o pedido de consolo imediato, mesmo que qualquer esforço pareça inválido.

Quem é sua personificação Santa ou Diabólica? Digo isso, pois da mesma forma que Natal não existe sem o tal do Noel, o dia internacional do vazio não existe sem sua própria entidade, personificação. Ou achou que esse feriado não teria um personagem principal, um além de você ou qualquer outro teimoso que passar de relance nos seus sentimentos e pensamentos? Sempre tem alguém, mesmo que você não queria associar diretamente o problema com a solução.

O dia internacional do vazio quer tudo o que você não pode ter, pelo menos não no dia. O dia é sorteado por você sem que você tenha consciência da escolha. Ele não espera preparação antecipada, ou seja, é raro ter qualquer açúcar, ou algo alcoólico que alivie o momento.

Esse dia não é, por mais que pareça, o dia de pensar – pensar em algo concreto -, mas sim o dia de afundar-se completamente em algo aleatório e sem respostas – e sim, não procure respostas nesse dia. E lembre-se: O dia internacional do vazio não pode ocorrer mais de uma vez ao mês, pois eventos aleatórios devem ser aleatórios. E isso é serio! Respeite esse dia, mesmo que ele não seja seu.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010


Existem milhares de motivos para algumas pessoas não fazerem certas coisas, contudo, às vezes, apenas um motivo é mais que o suficiente para que façamos o que o mundo diz para não fazermos.

Essa é a graça de sermos tão humanos em certas coisas.

Mas ser Humano está se tornando algo tão fora de “moda”, ao ponto de esquecermos o que é ser apenas um Humano. E às vezes, o que parece é que esse detalhe é grande demais ou pequeno demais, ao ponto de não enxergarmos o quão valoroso é ser mortal.
E julgamos que todos são mais que isso, mais que o normal e o simples, então queremos ser mais também, e esquecemos que só somos alguém, quando alguém, assim como nós, simples e normal, existe, pois sem sua existência, não somos absolutamente nada.

Isso na teoria parece fácil, e na pratica também, o que não é!

E seriamos muito bobos se achássemos que é fácil demais, já que todos os dias o mundo nos dá milhares de motivos para brigarmos com alguém, ou julgarmos alguém, que não tenha feito nem metade do que achamos que fez.

O que fazer, então?

Alguns dizem que devemos dizer a verdade acima de qualquer coisa. Porém, o que é a verdade quando estamos chateados, frustrados e “ilusionados” com alguém que até alguns dias atrás, ou segundos atrás, nos parecia completamente confiável e digno de chamarmos de amigo.

Existem verdades que devem permanecer oculta e guardada a sete chaves pela nossa consciência não humana, chamada razão.

“A Razão pede tempo, e o tempo pede silêncio.”

E só assim conseguimos raciocinar, imaginar, e nos colocar no lugar de quem julgamos odiar.

No jogo da vida, nós jogamos sozinhos e contra nós mesmos.

E cair, só significa que estamos usando a tática errada.

Mas sempre existirá alguém disposto a nos reerguer.

Seja a pessoa um amigo, ou um desconhecido.

E se isso acontecer, o agradeça com um sorriso, um abraço, um desejo de felicidade. Apenas isso, nada mais além; pois se alguém te ajudou, o fez por querer, por entender que sozinho ele não é nada e ao mesmo tempo Tudo. Pois somos um ciclo imperfeito de perfeição. Um desequilíbrio equilibrado. Somos mortais, dignos de morrer e de nascer. Se não nos orgulharmos disso, não existe nada a que se orgulhar.

Imagem: do blog do Divagaçôes.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Vida de Samurai

Quando penso no passado, acho que ele correu de mim, ou, ao contrario, eu corri dele. Na verdade, acho que é mais provável que fiquemos correndo um do outro.

Vivendo em direções opostas.

Diferente de muitos, eu vivo constantemente por um futuro cheio, e um passado vazio. Desejo está fora das lembranças alheias, e desejo não construir um passado meu. Filtro experiências e as carrego no bolso, só pra não ter que olhar por cima do ombro. Caminho como um samurai. Não volto, ataco em um único sentido, e tento ser mais rápida que o Destino, o meu único inimigo, que por ser imortal, não me permite descanso. Ao contrario do que parece, principalmente, por eu ter um caminho único, não significa que eu ganhe sempre. O destino às vezes me vence. Me transforma em mais um fato, em mais um inimigo vencido. E me arranca alguma coisa.

Todas as minhas cicatrizes são de batalhes perdidas, e todo o sangue que mapeia meu caminho, fora tirado por ele. Tentada, às vezes desejo olhar os meus feitos, mas tenho medo. Existem muitos tipos de coragem, e a que me falta, é consumida pelo medo de sentir-me sozinha. Então tento não estar, mas não digo que vivo acompanhada, apenas me permito deixar que um outro me siga, por um curto tempo, já que o meu sentido, o meu caminho, não permite que eu tenha uma companhia.

Por poucas vezes, me senti sendo seguida, uma mão pressionando meus ombros, me aquecendo. Por poucas vezes senti-me sendo seguida por mais de algumas curvas. Por poucas vezes, achei que valia a pena, olhar quem estava em meu encalço.

Às vezes acho que é o passado.
Às vezes acho que é o presente, desejando fazer parte do meu futuro.
Às vezes eu sinto seus dedos tocando nos meus.
Às vezes eu desejo aperta-los contra meu peito. Mas... Só às vezes...

sábado, 24 de julho de 2010


"Para nós, que temos que escolher nossos sonhos acima do nosso amor, a única coisa que podemos fazer por amor, é talvez liberar os cadeados envoltos em nossos pescoços. Com isso, talvez a dor desapareça" Nana

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Pandora

"Mais uma bela noite, pensei, enquanto suspirava com o pergaminho na mão, trazido por um anjo mensageiro. Joguei-o para cima e, quando ele chegou à altura do meu peito, o mesmo soltou-se e revelou o seu conteúdo: cinco nomes – Dois demônios, um arcanjo, um anjo e um exorcista.

Meu recorde de quase duas horas sem problemas, nesse ano, fora perdido. Toquei na ponta do amarelado pergaminho, fazendo-o incendiar-se e suas cinzas voarem da ponte de Londres. Bem, sendo mais clara, eu estava entre as duas torres, ambas com 65 metros de altura, olhando as suas básculas. Minhas asas estavam fechadas e, possivelmente, reclamando do frio que fazia naquele lugar, no entanto, mesmo sem roupa, o meu corpo não parecia receber o gelar das minhas penas.

Memorizei cada nome. Lembrando logo em seguida que, entre os cincos felizardos da noite, eu tinha, para variar, um humano. Sendo assim, eu não sabia nada sobre ele. Mas, sobre os outros, eu os conhecia melhor que eles mesmos. Sorri. Iria visitar velhos conhecidos.

Tirando um deles. Mesmo sabendo muito ao seu respeito, afinal, eu sou um anjo que mantém o equilíbrio – sou obrigada a saber de cada anjo e demônio que anda sobre a terra – não tinha contato com este.

Bem, como eu não o conhecia, ele seria o primeiro.

Pulei da ponte com as asas fechadas, como se eu estivesse dando um mergulho no rio negro lá em baixo, colocando as minhas mãos ao lado do meu corpo. O vento frio tocava em mim. O ar gélido entrava em meu peito. Faltavam 10 segundos para o mergulho: um, dois, três, quatro.

No numero cinco, eu já estava inclinando o meu corpo e, logo em seguida - há poucos segundo de cair dentro do rio – deixei que minhas asas abrissem-se e me fizessem planar sobre a água.

Era uma ótima sensação, porém, para não demorar com o meu serviço, procurei bater as minhas grandes asas negras e subir aos céus.

Não demorou para que eu chegasse ao pequeno recinto do anjo – que logo perderia suas asas. Eu odiava aquela parte do meu trabalho.

Observar um anjo perdendo suas "penas" já era triste, imagine eu, que teria que arrancá-las dele.

Toquei em meu corpo, fazendo um pano aparecer, cobrindo meu sexo. Parecia com roupas das, já mortas, Gregas.

Não bati na porta, pois não escondi minha presença e o mesmo, com certeza, já estaria me esperando. Com um sopro, deixei que o objeto de madeira revelasse o seu dono, ou quase dono – ele estava na casa de um humano. Como previsto, ele estava sentado em uma poltrona olhando fixamente para mim e, bem ao lado, na escada, uma jovem – morena e de olhos verdes, alta, peso mediano e morrendo de medo – me olhava. Como tudo na vida tinha uma forma de começar, eu comecei seguindo o esquema divino e ordens superiores:

-você, anjo, é... – ele me interrompeu, levantando da poltrona e ficando de joelho na minha frente.

-eu conheço todo o processo, meu nome é Percival, por favor, acabe com essa tortura de uma vez por todas, Pandora. – sua voz estava calma e um tanto sarcástica, mas não uma voz que quisesse mangar de mim, muito pelo contrario, ele estava sendo sarcástico com ele mesmo.

Senti pena dele.

- desculpe-me, Anjo Percival, mas eu sigo ordens e tenho que seguir todo o processo. – comentei, tocando em seu ombro.

Ele concordou com a cabeça, a mulher parecia choraminga, mas eu não podia interferi nem em seu choro, por isso, não disse para que ela se acalmasse.

- Percival, você, como bem sabe, violou uma Lei totalmente imperdoável, está, sendo uma das primeiras do código de um anjo diz, claramente, que um ser divino não pode criar laços, isto é, se apaixonar – evitei a palavra “transar” ou qualquer outra coisa que eu sabia que ele tinha feito, eu não gostava de ser clara nessas coisas. Deitar-se com um humano chegava a ser nojento – não tenho nada contra eles. -, por um humano.

Ele, mais uma vez, balançou a cabeça e concordou.

-então, mais uma vez, está ciente que terei que arrancar suas asas e o condenar a viver como um humano, isto é, além de perder sua imortalidade, estará fadado a ter tudo que um humano normalmente tem?- perguntei e, como sempre, tentei ser mais clara possível.

- sim! – ele disse, virando-se de costas e, como mágica, suas asas abriram-se na sala.

Por mais lindas que fossem as asas, eu não demonstrei nenhuma tristeza no olhar pelo o que eu iria ter que fazer. Senti como se as minhas próprias asas- negras e mortais- estivessem sobre o fio da minha lamina. Por mais que eu o meu trabalho fosse manter a paz e o equilíbrio, a primeira vista, eu parecia um anjo que trazia coisas ruins.

Tirei o meu punhal da bainha – ele era a única coisa que estava autorizada a arrancar as asas de um anjo – ele virou-se de costas. Dei um passo à frente e comentei, na língua dos anjos: a primeira asa não vai doer, porém, a segunda vai ser muito desconfortável, pois quando perdemos a primeira, a segunda asa
se torna mortal.

Ele concordou e apertou o braço da poltrona, esmagando-a entre os dedos, fazendo com que a mulher fechasse os olhos.

Ergui o punhal e segurei, entre a asa e a costa do anjo, para que eu conseguisse enfiar a lamina de uma vez e tira-la mais rápido, porém, antes que minha mão descesse a mulher gritou. Eu parei e a olhei, dizendo, em língua humana:

- se o ama, mulher, reze por ele e peça para que ele não sinta dor, pois, tudo que está acontecendo com ele, agora, é pelo amor que ele sente por você.

Ela ficou calada, mas saiu do lugar que estava e ficou de joelhos, na frente dele, pegando em seu rosto e sussurrando: eu te amo.

Suspirei.

Levantei novamente a arma e a lancei contra o anjo. Fora algo rápido. Em segundos não existia nada, além de uma cicatriz. Nem uma gota de sangue fora derramada.

A parte fácil tinha passado.

Restava a asa, que naquele momento era mortal. Pronto, eu disse, e ele fez que sim, com a cabeça.

Concentrei minhas forças em minha mão e desci o objeto, mas, diferente de antes, ela travou no meio da asa dele – não traspassou direto, o que era aceitável, basicamente sempre, acontecia isso. Ele fez forças para não gritar, no entanto, seus olhos e suas lagrimas, primeiras lagrimas humanas, escorriam por entre seus olhos, assim como o sangue que jorrava de suas costas.

Não levantei o objeto, apenas o segurei com mais força e o desci.

Dessa vez, um grito desesperado fora explodido do peito do mais novo anjo caído. Seu corpo arqueou, mas, por fim...

A mulher o abraçou.

Eu recoloquei o punhal, já limpo, na cintura e, coloquei minha mão direita em seu ferimento, dizendo, novamente na língua dos anjos, que o homem não poderia mais compreender: “Como Cristo um dia sangrou, você, também filho de Deus e, um novo mortal, está sangrando, porém, está será a ultima vez que eu, anjo do equilíbrio, estarei me colocando entre você e a morte.” depois de dizer essas palavras que devem ser ditas, como um ritual, para todos os anjos caídos, pois o que eu acabei de fazer é dar a vida a ele, já que, quando eu arranquei aquela asa, eu também tirei uma espécie de coração do anjo. Sendo assim, eu dei outro coração a ele – dei a vida. Então, finalizei em latim, em uma língua que ele entendesse: Assim, nesse momento, você está sob o livre-alvedrio! (livre-arbítrio)
"

Destino.


Ultimamente estou me mantendo em um mundo de sombras projetadas por uma mão invisível, como quando brincamos com uma lanterna, e colocamos nossas mãos na frente, para que ela seja refletida na parede. Ultimamente estou acreditando em Destino, pois não quero lutar por qualquer coisa, e nem tentar ir contra qualquer coisa. Que você seja carinhoso e me guarde com carinho. Faça isso, por favor...